Saiba quando a queda capilar deixa de ser normal, passando a se tornar preocupante
- Thais Monteiro
- 22 de jun. de 2022
- 4 min de leitura
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia 85% das mulheres podem ser afetadas por algum tipo de queda

Por: Thaís Monteiro Guimarães
Todos nós sabemos que é comum a queda de cabelo, que pode acontecer em homens, mulheres e crianças, isso ocorre devido ao ciclo de renovação natural, mas existe uma quantidade considerada normal, que varia de 100 a 150 fios por dia.
Mas quando ocorre um aumento excessivo na quantidade de queda habitual, podendo ser observada na fronha ao acordar, na hora do banho ou quando pentear o cabelo. É necessário que se investigue o motivo disso estar acontecendo.
A queda de cabelo pode ocorrer em diversos momentos, por diversos motivos como:
· Estresse;
· Alterações hormonais;
· Carência nutricional;
· Perda excessiva de peso;
· Origem medicamentosa;
· Falta de vitamina D, Zinco e ferro;
· Carência de oligoelementos;
· Estresse físico (pré e pós-cirúrgico);
· Pós-gestação;
· Excesso de vitamina A ou B, COVID – 19.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia 85% das mulheres podem ser afetadas por algum tipo de queda, sendo o mais comum o Eflúvio Telógeno (ET), podendo acontecer uma queda de aproximadamente 600 fios diariamente.
Esse tipo de queda pode ocorrer de duas formas, crônica ou aguda. O Eflúvio Telógeno (ET) agudo, dura cerca de seis meses. É apresentado com mais frequência por mulheres que estão passando pelo período de pós-parto, cirurgia bariátrica, dietas muito restritivas ou até mesmo um momento de muito estresse, que desequilibram o organismo, no entanto o reequilíbrio do organismo faz com que essa queda capilar se encerre sozinha.
Por outro lado, queda acentuada durante mais de seis meses pode indicar Eflúvio Telógeno Crônico, podendo ser causado, por exemplo, por uma doença autoimune, anemia ou desnutrição, condições que precisam ser tratadas ou controladas.
No caso dos homens que sofrem com perda de cabelo, o tipo mais comum apresentado é o de Alopecia Androgenética ou calvície, que está relacionada aos hormônios masculinos e pode ocorrer de forma progressiva e permanente.
No entanto, as doenças que são apresentadas com mais frequência são classificadas em alopecia cicatricial (irreversível – ocorre à perda do folículo) e alopecia não-cicatricial (reversível – sem a perda do folículo). As mais comuns são:
· Alopecia androgenética masculina e feminina;
· Alopecia areata, tricotilomania;
· Alopecia por tração;
· Eflúvio telógeno;
· Eflúvio anágeno;
· Alopecia cicatricial.
Queda capilar vs Nutrientes
Uma alimentação variada com todos os grupos alimentares é capaz de fornecer todos os nutrientes necessários para garantir a saúde dos cabelos.
Mas as dietas restritas sem alimentos de origem animal contribuem para levar o organismo a uma carência de nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12, vitaminas do complexo B e o ômega 3, que podem comprometer a saúde capilar.
As consequências da falta de nutrientes geram um aporte nutricional insatisfatório, que resulta em alterações do ciclo capilar diminuindo o ritmo da fase de produção do fio (anágena) e aumentando a fase da queda do fio (telógena) comprometendo o crescimento dos fios.
A ingestão de vitaminas na maioria dos casos será de suma importância, mas, ela por si só não resolverá o problema e por isso, é fundamental realizar a anamnese do cliente/paciente para reunir as informações necessárias para desenvolver um protocolo mais assertivo e eficaz, pois, para conseguir um sucesso no resultado na maioria dos casos o tratamento tem que ser multidisciplinar com a atuação de outros profissionais como o médico dermatologista, nutricionista, psicólogo, realização de exames mais profundos entre outros.
Tratamentos
Existem diversos tipos de tratamentos para casos de calvície em homens e mulheres, os mais recomendados são:
Fotobioestimulação: com o uso de laser de baixa intensidade com suas propriedades anti-inflamatórias, analgésica, cicatrizante, antiedematoso, além, de promover o aumento da síntese de colágeno, proliferação celular e bioestimulador do reparo tecidual.
O led azul possui ação bactericida, fungicida e vasodilatadora, que promove a hidratação dos fios e do couro cabeludo, combatendo os radicais livres e potencializando a ação dos ativos cosméticos.
Intradermoterapia: Técnica realizada com aplicações de injeções no couro cabeludo contendo ativos e nutrientes. Trata-se de um procedimento dolorido e um pouco impreciso na profundidade alcançada e na entrega de ativos.
Microagulhamento capilar: A técnica promove microperfurações na pele, favorecendo o extravasamento de sangue em nível dérmico, por consequência ocorre a ativação do sistema plaquetário. O objetivo é estimular o próprio corpo a produzir colágeno para reverter a degeneração da área calva.
Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP): É uma técnica em que um aparelho vibratório de microagulhas perfura o couro cabeludo, ao mesmo tempo em que injeta substâncias para estímulo do crescimento de cabelo.
Dermocosméticos: Possuem em sua composição ativos farmacológico, composta com atividade terapêutica, que se aproximam de medicamentos dermatológicos de uso tópico. Seu objetivo é promover o controle da inflamação, vasodilatação para aumentar a oxigenação e levar nutrientes ao folículo.
Finasterida: é um medicamento receitado pelo médico, que age inibindo a ação da enzima 5 alfa redutase que é responsável pela conversão da testosterona em DHT, hormônio envolvido no quadro da calvície.
Minoxidil: é um medicamento receitado pelo médico para ativar o crescimento capilar com o objetivo de aumentar a vasodilatação, melhorar a circulação e prolongar a fase de crescimento dos fios.
A queda de cabelo pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o tratamento mais indicado para o seu caso.




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